domingo, 2 de março de 2008

O SENTIDO DA EXISTÊNCIA


Muitos se perguntam qual o sentido de existência. Nossa intenção neste artigo é analisar este fenômeno surreal que se chama existir.
Temos atravessado a vida como a procurar muitas vezes não pensar no assunto, pois o modo como vivemos nos leva a preferir não raciocinar muito sobre questões profundas, tal a massa de necessidades que a cada dia se apresentam, nos levando a agir como autômatos que obedecem ao comando imperioso da sobrevivência, manutenção da vida no plano da matéria, além das inevitáveis fugas para a auto-satisfação que são manipuladas pelo sistema econômico vigente de maneira deformada e deformante.
Não é possível crer que a humanidade não venha a encontrar um padrão de vida mais adequado à sua condição de seres pensantes e sensíveis, que precisam de uma margem maior de coerência para seguir em frente com mais equilíbrio e satisfação.

Em primeiro lugar salta aos olhos de quem possui uma visão espiritualizada da existência, que todo este padrão social arbitrário da atualidade leva a maioria das pessoas a se afastarem da espiritualidade, ou a buscá-la de forma pré-definida por religiões antigas que apresentam sistemas existenciais que não condizem com a realidade do homem no universo.

É preciso então repensar a existência sob um ponto de vista que procure conciliar os avanços da ciência com a percepção da vida obtida pela compreensão espiritualista, que se fortaleceu muito nos últimos tempos ao se chegar à conclusão de que existe vida após a morte, e que nós já tivemos muitas passagens sobre a Terra, talvez mesmo em outros planetas, ao longo de milênios.

Este ponto de vista irá direcionar a análise que faço do ser perante a existência, deixando-me guiar pela inspiração dos mentores espirituais que coordenam este trabalho filosófico.

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Há muitos mundos habitados no universo.
Todos possuem um determinado grau de evolução científica e moral.

A Terra é um mundo onde a maior parte da população está numa categoria iniciante no conhecimento da vida sob os mais variados aspectos. Ainda possui fragilidade moral, e sua ciência caminha para as descobertas que darão à população auto-suficiência em termos de energia limpa e renovável, cura das doenças e deslocamento no espaço. Além disto, a deficiência moral do ser humano ainda não lhe permitiu estabelecer uma sociedade justa, baseada no respeito à vida e voltada para o bem incondicional de cada indivíduo.

Estes aspectos acima citados são fundamentais para conceder às pessoas a possibilidade de voltarem-se para o interior de forma despreocupada, que lhes garanta uma maior penetração no universo das possibilidades e conhecimento acerca dos mistérios da existência.
Mas enquanto isto não acontece, os pensadores de vanguarda têm o dever de elaborar metas para o alcance desta nova condição de vida, que se faz imprescindível para obtermos um planeta harmonioso, em vez de uma civilização que está em vias de esgotar todos os recursos naturais e a própria vida em escala global.

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Uma das primeiras perguntas que se deve fazer o indivíduo que procura a interação com o cosmos num padrão aceitável é: QUEM SOU?

Parece que a maior parte dos seres humanos nunca se fez esta pergunta, portanto, embarca nas tradicionais idéias pré-concebidas sobre a criação de um homem e uma mulher num paraíso edênico, às voltas com serpentes falantes e muito prejudicados pelo erro inconcebível de se comer uma maçã, ou coisa do gênero.
Mesmo já tendo avançado tanto no campo da observação microscópica, conhecendo a multiplicação celular, e o vasto universo dos microorganismos; mesmo vivendo num planeta com a incrível diversidade biológica da Terra; mesmo integrando uma civilização que extrapola os seis bilhões de habitantes, o ser humano ainda não aprendeu a se ver como uma parte no Todo.

Ampliando a percepção compreendemos que há um grande organismo cósmico, que se recria a cada instante, e que nós somos células desta grande organização a que se deve chamar Deus, mas para a visão antropomórfica dos humanos da Terra, Deus é simplesmente um indivíduo criador e um juiz.
Os humanos do planeta Terra não compreendem que o universo é o corpo de Deus, e que cada indivíduo é uma célula neste corpo.

Ora, como no nosso corpo todas as células devem trabalhar para o bom funcionamento do corpo, no universo cada indivíduo deve trabalhar para o bom funcionamento do universo, mas nesse caso há uma característica interessante que é a consciência. A capacidade de reconhecer-se como “EU SOU”, exige uma atenção especial do indivíduo para consigo mesmo, na busca de contentar este foco consciencial de maneira plena, além de trabalhar pelo bem estar da coletividade. Obviamente é uma via de mão dupla, pois o indivíduo saudável em todos os aspectos, constitui uma peça importante na coletividade, assim como uma coletividade saudável é conducente ao bem estar do indivíduo.
Quando afirmo “coletividade” estou falando no organismo sideral como um todo. Por isto que os seres de outros mundos e de outras dimensões se esmeram pelo progresso de todos os mundos.

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