A humanidade terrena está suprindo-se de todas as
ferramentas necessárias à expansão da consciência com uma gama expressiva de
avanços nos campos tecnológico e espiritual. O advento da internet foi o
primeiro grande passo no rumo da liberdade de informação, peça chave no
aprimoramento da capacidade de pensar, que precisa apenas de pequenos ajustes
para funcionar com pleno poder.
A chegada dos computadores portáteis, em especial os tablets
que vieram como um recurso excepcional de portabilidade da informação, apontando
para um poder de partilha e assimilação de dados nunca antes experimentado na
história da humanidade... Também o sistema de armazenamento virtual conhecido
como “cloud”, a nuvem onde se torna possível o acúmulo de dados no ciberspace e
as conexões wi-fi são o esboço de uma expansão extraordinária no exercício da
assimilação e armazenamento de conhecimento.
É necessário que a humanidade amadureça. E as etapas no
desenvolvimento desta maturidade passam pela conscientização do quanto nossos
recursos têm sido mal utilizados. Isto ocorre no âmbito geral, pois se reflete
numa errônea exploração dos recursos do meio-ambiente, má distribuição de renda
e partilha desenfreada das informações que atrasam o crescimento espiritual. O
materialismo talvez esteja na base destes equívocos, posto que os detentores do
poder não se dão conta de que suas vidas continuam para além da matéria e as
conseqüências dos atos se propagam na vida imortal. Mas cada membro da
comunidade global tem sua parcela de culpa, quando prefere alimentar a “besta”
em vez de se lançar numa remodelagem dos padrões de conduta.
Diariamente somos bombardeados por imagens, sonoridades e
contextos de baixa vibração. A grande maioria dos filmes mostra pessoas
apontando armas e disparando brutalmente contra outros seres humanos, como se
ceifar vidas fosse um dos aspectos naturais de nossa existência. As telenovelas
apresentam em 99,9% do tempo, pessoas praticando atos condenáveis, brigas
incessantes, chantagens, traições e intrigas. Mas a multidão continua
docilmente se alimentando dessa energia desqualificada, como se não fosse
possível desligar o aparelho, ou trocar de canal. “É um retrato da realidade”
dizem uns, mas não se dão conta de que isto é o retrato com cores reforçadas
daquilo que os dragões da maldade querem destacar e perpetuar.
Também a internet, que surgiu como uma libertação da
obrigatoriedade de assistir transmissões televisivas, concedendo a oportunidade
de escolha dos temas sobre os quais se quer concentrar a atenção, na maioria
dos casos, é algo que se utiliza para assuntos banais e pouco produtivos, jogos
escravizantes, tolices intermináveis, e uma superficialidade degradante. Porque
a multidão ainda não se acostumou a sentir prazer com a assimilação e
intercâmbio de assuntos de natureza superior.
Quem busca o auto-aprimoramento tem o dever de exercitar a
capacidade de pensar em consonância com as possibilidades evolutivas do cosmos.
Deve recusar tudo que não tem valor, e se esmerar num constante aprendizado,
pois os desvios de percepção são antigos e muito difundidos, e criaram padrões
viciados em nossa maneira de pensar e reagir diante da existência. Fala-se
muito hoje em dia na necessidade de uma mudança de paradigmas, e justamente
isto é algo que exige desapego dos velhos padrões para se lançar na busca de
algo novo, contudo com uma aguçada capacidade de discernimento e método. A
ciência esboçou a maneira adequada de se validar informações, pelo exercício da
dúvida. Mas há também que se dar crédito à noção de que não temos total domínio
sobre a realidade do que é possível neste maravilhoso cosmos. Não temos noção
daquilo que não sabemos. Portanto é preciso continuar ativos no exercício
intelectual. Duvidar para então validar é um trabalho contínuo... Além da
necessidade do desenvolvimento de uma gama subjetiva dos métodos de absorção de
conhecimentos, através da intuição e deixar em “stand by” aquilo que precisa
ser validado. A validação pode ocorrer pelos mecanismos da lógica,
desenvolvimento científico, e da variedade de informações idênticas, oriundas
de fontes diferenciadas. Todos estes aspectos devem ser levados em consideração
simultaneamente.
O grande benefício da informatização e do desenvolvimento de
aparelhos portáteis, neste sentido, é que se pode ter acesso a um volume
colossal de informação através de um só vetor de trabalho. É como ter a
oportunidade de carregar nas mãos as bibliotecas do mundo inteiro. Há, no
entanto, a necessidade de tornar o acesso à informação uma prática comum,
acabando de uma vez com o comércio de idéias, com a informação acessível
somente para quem pode pagar, liberando todo o conhecimento na rede mundial de computadores. É dever incondicional de qualquer
pessoa que trabalha com assuntos de natureza espiritual não cobrar por suas
mensagens sejam elas mediúnicas, canalizadas ou de cunho pessoal. Pois isto é a
vanguarda do conhecimento, e a total disponibilização das idéias, uma prática
que representa um primeiro passo na criação de um planeta onde o intercâmbio é
a moeda corrente. Tenhamos a certeza de que o exercício do desapego frente
àquilo que temos a compartilhar é um tesouro que vai se acumulando nos cofres
de nossa vida imortal. É o cumprimento de um dever que será muito bem recompensado
na forma de vibrações harmônicas conducentes a estados de felicidade. Além
disso, é a realização de saber-se um ser atuante para benefício do plano onde
foi chamado a servir pelas leis universais.
OM SHANTI OM
Targon Darshan a serviço da liberdade de informação.
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