sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

UNIFICAÇÃO COM A PRESENÇA

Assim a vida vai se transformando cada vez mais num oceano calmo, quando as nossas disposições são banhadas no mais profundo amor pelo criador, a força sublime que nos conforta e governa a todo o momento.
É uma presença que precisa ser buscada com afinco, para que se possa beneficiar com esta energia tão intensa, tão vibrante, que transforma a vida em um acontecimento completo, gratificante, onde prosseguimos aprendendo.
O poder dessa magia, a beleza dessa força cósmica, deve se constituir na maior aspiração de cada ser humano, aprendendo a inspirar essa reconfortante atmosfera, expandir essa luz que está guardada no peito, para se ligar definitivamente com a percepção deste ser onipresente.
Passamos a vida em desespero, ou em atos de revolta. Até mesmo a busca de prazer é muitas vezes uma atitude revoltada, como quem chuta o balde de tantos aborrecimentos e transtornos que chovem sobre cada um. Mas se em vez de se desesperar, ou se revoltar a criatura procurar manter a calma, vai se desenvolver muito mais, vai amadurecer e ficar mais feliz. E essa calma só será possível pela confiança numa força superior que nos acompanha, pela ligação com esse ser sublime que nos ama.
Procuremos pensar que toda a complexidade da natureza não termina na configuração dos corpos e nas leis que regem a matéria. Essa capacidade para a especificação de todos os detalhes do cosmos é uma característica natural da inteligência oniabrangente.
É preciso portanto confiar mais, e nesse movimento permitir que os nervos se acalmem, que a mente se torne tranquila como um lago sereno, por estar baseada numa confiança ilimitada.
Num movimento de constante aproximação devemos firmar nossa vida. Porque paradoxalmente, apesar de sermos vida na intimidade da vida, a nossa consciência ficou obscurecida por falsas interpretações da realidade, e por atitudes contraproducentes diante da oportunidade de existir. Então, continuamente, como quem puxa para perto um balão que tende a se afastar caso soltemos as amarras, vamos nos aproximando de modo consciente e constante, dessa luz maior, desse bem eterno, presença que se faz sensível quando procuramos nos harmonizar com o poder do amor universal.
É amor pela vida, amor pelo criador da vida. E isto primeiramente deve ser vivido em silêncio, na intimidade do lar, ou no íntimo de nossa consciência. Não é um momento para ser compartilhado enquanto não está firmado. Enquanto não se tornou a pujante luz de uma estrela que possui combustível para irradiar com pleno poder. É algo para ser cativado, como um fogo que se acende devagar, soprando com suavidade, esperando que as chamas cresçam e se fortaleçam para nos aquecer a alma.

Luz, paz e amor,

Targon Darshan

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