segunda-feira, 17 de junho de 2013

MATERIALISMO X ESPIRITUALIDADE





Se perdemos de vista o objetivo espiritual da existência, somos tragados pela soma de situações fechadas no tempo, ligadas exclusivamente ao curto intervalo de uma experiência na matéria.
Diariamente precisamos de alguma prática, algum atividade que nos conecte com as realidades transcendentais, a fim de não viver como pessoas que não conseguem atentar para as ações relacionadas com a vida maior.
A única dificuldade nesse tipo de vida que não procura um constante aperfeiçoamento moral é a possibilidade de o indivíduo se ver engolido por forças materialistas que o manterão acorrentado aos interesses materiais, descuidando-se de sua jornada pelo tempo da imortalidade.
Quando nos damos conta de que o espírito sobrevive e prossegue numa vida que na maioria das vezes não tem nada a ver com a que viveu na Terra, percebemos a tremenda lacuna que foi em sua jornada de alma a passagem por este plano de esquecimento. Portanto, mesmo sem conseguir lembrar nosso passado em outra realidade, precisamos nos esforçar para lembrar deste contexto do espírito para garantir um mínimo de fluidez espiritual em nosso processo de vida.
O plano material se converteu numa terrível armadilha, programada para destruir todas as luzes da percepção desenvolvidas no transcorrer da erraticidade pelos intervalos entre as reencarnações. A partir do momento em que mergulhamos nesta experiência material, somos envolvidos pelo imenso somatório de mentes fora de sintonia com a luz transcendental. Estas forças psíquicas, constantemente geradas por um mundo dessintonizado, são incríveis correntes de ilusão que trafegam pelo éter planetário a insuflar as mentes para as condutas materialistas e egoístas atualmente vigentes em nossa sociedade.
Portanto, aos que percebem a importância de uma busca espiritual, sintonização com os aspectos imortais e imateriais da existência, é preciso persistir com grande dedicação, lutando para perseverar em uma rotina de trabalho a serviço da luz, serviço comunitário, dedicação a uma causa espiritualista calibrada com verdadeiras emanações de amor e harmonia.
Isto é a preservação da saúde do ser, a manutenção de uma boa condição vibratória, que afastará desarmonias, vícios, desajustes de todos os tipos. Muitas vezes são desajustes que permanecem ocultos aos olhares desatentos às questões espirituais. São os apegos materiais, a obsessão pelo glamour, uma vida voltada exclusivamente para ganhar dinheiro e desfrutar tudo aquilo que o dinheiro pode oferecer. E neste caso este desvio de percepção pode gerar ações imprudentes, ocasionando severos comprometimentos com a lei de causa e efeito, atrasando indefinidamente a sintonia com o fluxo de pureza e perfeição das oitavas superiores.

Targon Darshan

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