O grande oceano de gente que circula a Terra é uma força viva inquietante.
É possível amar com grande poder toda essa espécie, desenvolvendo um sentimento de altruísmo e abnegação... Mas, é um desafio amá-los individualmente, quando a aproximação revela o por quê das mazelas morais deste planeta.
É muito fácil amar quem concorda conosco, mas extremamente difícil aprender a conviver com a fonte contínua de tanta discórdia.
Não se estabelece um consenso de paz facilmente... Estas pobres almas são fruto de gerações de seres atormentados por conflitos diferenciados... Onde sobreviver em meio a tanto egoísmo levou muitos a endurecer seus espíritos, obscurecendo a percepção.
Mas como milagres da vida, em meio à turbulência e ao caos, a herança divina, o seu potencial para a luz vai aflorando insistentemente, a revelar maravilhosos seres amorosos, capazes de nobres gestos de desprendimento em função do próximo, ou da coletividade.
Ainda caminha a humanidade, na longa travessia que leva do desequilíbrio à harmonização, mas podemos sentir que apesar de tudo, mais algumas fortes experiências de vida deverão remover grandes massas de nuvens de ilusão, para favorecer o amadurecimento destes seres, que já começam a sentir o cansaço dos constantes atritos, no meio social que é tão carente de paz e recursos para viver sem preocupações.
Será o maior milagre de todos os tempos poder ver afinal a humanidade ser capaz de se entender, de passar a viver e trabalhar pelo bem comum, abrindo mão do egocentrismo e do sentimento de separação.
Um povo que desperta, para ver a importância da união, o bem que se desprende da família humana.
A humanidade é feito uma esponja, pronta para receber os recursos da luz, quando eles forem projetados em larga escala, por uma oportunidade concedida pelo cosmos. Quando for possível suprimir as grandes fontes do mal que contaminam a Terra, e substituir por uma fonte pura, capaz de fornecer informação de qualidade, será possível ver o despertar de uma nobreza adormecida.
A humanidade ainda é muito heterogênea, e abriga em seu seio tanto as mais delicadas pétalas como também os mais duros espinhos, e infelizmente não será possível para seres em estágios tão diversos, prosseguirem juntos na mesma realidade. Será preciso separá-los, para que os inofensivos não venham a sofrer com a ação dos brutos. Para que os que despertam não venham a ser subjugados pelos atos de quem dorme no sonho consciencial.
E assim, quando houver um conjunto coerente de almas que clamam pela luz, como um dia que nasce na praia, onde as ondas suaves encontram a firmeza das areias... O oceano de gente poderá viver a vida que sempre quis, no íntimo de seus anseios mais secretos... A humanidade encontrará a paz.
Targon Darshan
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